Por Marcos Paz
Não é novidade que muitas crianças de hoje preferem mais se divertir com os jogos eletrônicos do que brincar com os amigos de esconde-esconde, pega-pega, ou outros jogos no playground ou nas áreas de lazer dos condomínios.
Há poucos anos atrás, o que as crianças mais gostavam era de poder passar o dia inteiro na rua, se divertindo com as mais variadas brincadeiras. No entanto, atualmente, devido à violência das grandes cidades e à falta de lugares tranquilos para a diversão, o videogame, a televisão e o computador se tornaram os grandes atrativos e companheiros da criançada.
A psicopedagoga Luciana Paiva considera como vilão não o videogame em si, mas o mau uso do aparelho eletrônico, seja no tempo de diversão, seja na seleção dos jogos. Para ela, podem ser classificados como positivos jogos educativos e de estratégia, pois colocam a criança em situação de aprendizado. Veja uma entrevista com Luciana Paiva:
"Pesquisas comprovam que o excesso de exposição à TV e aos jogos eletrônicos está associado ao aumento da obesidade infantil e de transtornos como déficit de atenção, que acabam gerando problemas de desempenho na escola. Para evitar essas consequências, as crianças de até 12 anos devem usar os eletrônicos por no máximo duas horas por dia", alerta.
Para Carla Borges, advogada e mãe de três filhos, limitar o tempo de uso dos games e aparelhos eletrônicos é uma batalha. "Aqui em casa determinei uma hora por dia, apenas nos fins de semana, mesmo assim se as notas na escola estiverem boas. Mas os adolescentes têm uma 'sede' insaciável de passar as fases nos jogos, é uma luta diária”.
Apresentar à criança outras opções de diversão, como brincadeiras em parques e áreas de lazer do condomínio, faz com que ela não pense apenas no computador, no game e na televisão como suas únicas formas de diversão. Ter livros infantis em casa e ler as histórias para os pequenos também ajuda a entreter a garotada.
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